quarta-feira, janeiro 13, 2010

Alguém que FAÇA QUESTÃO

Domingo, pé-de-cachimbo, calor carioca na cidade da garoa. Em casa é que eu não ia ficar, bora pro bar. Em mais uma sessão de Botecologia, estávamos eu e uns amigos naquele papo vai, papo vem,... Começamos o inevitável e infindável debate sobre relacionamentos.
Claro que houve a famigerada guerra dos sexos, afinal, eu era minoria absoluta - única mulher em meio a três homens. Mas depois de muito chororô à toa  escutei uma de um deles - o Paulinho - que fez diferença, não só em mim, mas nos outros também. Vou tentar reproduzir:

"A verdade é que todo mundo procura ALGUÉM. Não qualquer alguém, mas aquele alguém que faça a diferença. Aquela pessoa que, não importa o quanto você diga que não quer casar de jeito nenhum, se for com ele você topa. Aquela pessoa que vai fazer você FAZER QUESTÃO de fazer o que for preciso para estar ao lado dela. Porque quando você gosta de alguém, você FAZ QUESTÃO. Faz questão de estar junto, faz questão que o outro esteja feliz, faz questão de agradar. O triste é se só você estiver nessa vibe, claro. Ou só o outro. Aí fica chato, já que para uma das partes é indiferente. Mas quando os dois fazem questão... aí, sim..."

Me peguei pensando muito nisso, já que eu sou a Srta. Solteirice da turma. E cheguei à conclusão (óbvia) de que é verdade. Tenho amigos que eram solteirões convictos, do tipo "casar nem fodendooooo", que hoje estão casados/morando junto/namorando e juram de pés juntos que nunca foram tão felizes. Eles coçam a cabeça, olham pro lado e dizem "É, a vida de solteiro é boa, mas..." e o sorrisinho diz o resto.
Eu já passei pela situação de fazer questão e o outro não. É horrível, chega a ser humilhante, mas o saldo final pode ser bom, se você entender que não é culpa sua, nem dele, nem de ninguém, simplesmente não era pra ser. E quando é o outro que faz questão? É brabo também, a gente se sente na obrigação de pelo menos tentar retribuir, mas se sente covarde por não dar um ponto final. E quando dá, vem a culpa pelo sofrimento do outro...
No fim das contas, percebi que quero mesmo alguém que me deixe nesse estado, FAZENDO QUESTÃO de apelidinhos carinhosos, de tardes de preguiça no domingo, de ligações de bom dia todos os dias - sim, detesto todas essas coisas, mas são inevitáveis quando se FAZ QUESTÃO de ver o outro feliz. Um amor assim é sempre bom, ainda que acabe logo - ooooops, lá vem meu pessimismo, deixa eu dar uma segurada!
Por enquanto, vou vivendo minha vida de solteira feliz e contente - e com muitas sessões de Botecologia pela frente pra poder postar por aqui -  e vamos ver o que o futuro traz, hehehe